O
médico e teatrólogo Pedro Bloch, autor da peça “As Mãos de Eurídice” conta-nos
um episódio passado com um jornalista que recebera a incumbência de escrever um
editorial sobre os problemas com que se debate a humanidade e os meios de
superá-los. Em casa, tentou cumprir a tarefa, mas a inspiração não vinha.
Sua
filha de sete anos, dialogando com a boneca, o impedia de concentrar-se. Vendo
sobre a mesa de trabalho um mapa da Terra, ele teve uma ideia. Chamou a filha:
- Queridinha, seu pai lhe dará um maravilhoso presente se você ajudá-lo. Aqui
está um mapa do mundo. Vou rasgá-lo em mil pedaços. Você vai formar novamente a
Terra como lhe apetecer. E o fez, jogando os fragmentos sobre uma bandeja. A
menina pegou a peça e saiu correndo. O pai suspirou aliviado. Agora podia se
dedicar a redigir em paz.
Mal escrevera as primeiras linhas, ei-la de volta. –
Papai, ganhei o prêmio. Estupefato, o editorialista indagou: em poucos minutos
você consertou o mundo que estava totalmente despedaçado. Como conseguiu fazê-lo?
E a filhinha no seu mais meigo e brejeiro sorriso esclareceu: Foi fácil; é que
atrás do mundo havia uma figura de um homem. EU CONSERTEI O HOMEM E O MUNDO
FICOU PERFEITO.
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